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Biblia catolica

quinta-feira, 14 de abril de 2011

 SE MESMO QUE O HOMEM NÃO TIVESSE PECADO, DEUS TER-SE-IA ENCARNADO?
 
O entendimento de S. Agostinho é Não. O homem precisou pecar para Deus se encarnar. Agostinho diz:. O Filho do homem veio buscar e salvar o que tinha perecido: Logo, se o homem não tivesse pecado, o Filho do homem não teria vindo. Jesus Cristo veio para este mundo para salvar os pecadores.  Nenhuma outra coisa houve da vinda de Cristo a este mundo senão salvar os pecadores. Logo, para Agostinho se o homem não tivesse pecado, Deus não teria se encarnado. (Suma teológica 3º parte. Art. III)
Embora, S. Tomás de Aquino dê assentimento ao pensamento de Agostinho, contudo aprofunda. S. Tomás concorda que sem o pecado do homem Deus não teria encarnado e manifestado seu imenso amor para com a humanidade, manifestado na cruz. Todavia, o pecado do homem não condicionou, ou limitou Deus agir dessa forma, pois Ele é soberano e onipotente pode realizar qualquer coisa. Portanto, sim e não. Para Tomás de Aquino a encarnação: “pois, as obras puramente voluntárias de Deus, sem haver nenhum débito para com a criatura, nós não a podemos conhecer, senão enquanto manifestada pela Sagrada Escritura, que nos torna conhecida a vontade divina. (...) mais convenientemente se diz segundo a Escritura Sagrada sobre a obra da encarnação foi ordenada por Deus como remédio do pecado, de modo que, se o pecado não existisse, a Encarnação não teria lugar. Embora por aí não fique limitado o poder de Deus; pois, Deus teria podido encarnar-se mesmo sem ter existido o pecado. Pois Ele é onipontente”.(Idem 3º parte. Art. III)
Em suma, não é possível colocar uma limitação em Deus por causa do pecado do gênero humano, ou seja, com o pensamento de que Cristo se encarnou tão somente por causa do pecado, dá-se a entender que Deus é  limitado, condicionado e restrito ao pecado, não havendo outra possibilidade de reatar a união do homem a Deus por causa do pecado. Por outro lado, Deus usa a encarnação para um ato de comunicação real de amor para a pessoa humana: "Ele tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo... humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente ate a morte, a morte de cruz!" (Fl 2,6-11). E assim, unindo a realidade corpórea semelhante ao homem, exceto no pecado, para que possa a partir disso, o homem retomar a sua divinização perdida no pecado. Ou seja, Cristo refaz no homem o projeto de amor, ou seja, a “imagem e semelhança” com o divino, dessa forma objetivando a salvação da humanidade.
Assim, a encarnação foi posta como necessidade a partir do pecado do gênero humano, mas não necessária, absoluta e determinada para Deus, pois pode tudo, e poderia se encarnar como aprouvesse.
            

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