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Biblia catolica

quinta-feira, 19 de maio de 2011

COMENTÁRIO TEOLÓGICO (ORAÇÃO AGUA BATISMAL)

A oração, desde início, é explicativa, pois exprime a dinâmica mistérica contida no exercício dos sacramentos: pelos sinais visíveis dos sacramentos Deus realiza maravilhas invisíveis, reapresentando-nos ao mistério pascal de Cristo (Paixão, morte e ressurreição). Pelo Batismo se tem a regeneração de uma vida de pecado, para vida em Deus, que renova todas as coisas, ou seja, a passagem da morte para vida. O sepultamento de tudo aquilo que afasta o homem de Deus. O projeto do Pai, Filho e Espírito Santo, ou seja, “trindade”, é a santidade do homem, criou o homem desde a fundação do mundo para que fosse santo e irrepreensível diante de Deus. (Fl 1). O homem desobedeceu a Deus com sua auto-suficiência, porém, Ele, (Deus) não deixou de amá-lo, mas ao contrário, manifestou sucessivas etapas de revelações com objetivo de resgatar o projeto salvífico, pois desejava refazê-lo como no início, pois este estava fundado no amor, santidade e unidade. Assim, o projeto de Deus é a salvação da humanidade, que se dá no decorrer da história.
 Deus é Onipotente, potencializa todas as coisas para o bem, porque Nele contém Santidade, da qual propõe para nós, uma imitação do Pai, Filho e Espírito Santo. E, homem se utiliza dos sacramentos, instituídos pelo Cristo Jesus, para com a igreja, possibilitar um estado de santidade e fidelidade do homem a Deus.   
Logo, Sacramento é sinal visível e eficaz da presença de Deus para humanidade. Ele presentifica e realiza maravilhas visíveis e invisíveis. A água elemento simbólico muito significativo, é um valor que perpassa toda história da salvação desde  o Antigo Testamento como Novo Testamento. Ela está presente desde a criação do mundo. No relato da criação, “já na origem do mundo vosso Espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar”. A força de santificar significa a dimensão desde sempre proposta pela existência da trindade. Podemos dizer que á água que existe desde sempre, é fonte de vida eterna, ou seja, o sopro do Espírito que move, e sustenta eternamente e infinitamente todas as coisas.  
O homem é um ser finito que aspira ao Infinito, pois ele, de Deus veio, e para Ele voltará, a partir de uma vida justa e reta. Pois, a vida do homem só terá plena felicidade quando repousar em Deus (Agostinho, Confissões), ou seja, comunhão e relação plena em Deus.
Por conseguinte, surge a simbologia da água do dilúvio, uma aliança de Deus para com Noé e sua família, homem justo, que fez Deus preservar a humanidade de qualquer outro dilúvio, depois da morte ocorrida com água. Ele destruiu o mundo injusto e perverso, permanecendo Noé, homem justo.
Logo, nas águas do dilúvio, prefigurou o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultou os vícios e fez nascer à santidade”.
Em continuidade, a dimensão da água atribuída na passagem do mar vermelho, a qual os filhos de Abraão passaram a pé enxuto“(...) para que livre da escravidão prefigurasse um novo nascimento o povo nascido na água do batismo”. Um novo nascimento trazido pelo libertador, intermediário, legislador, enviado por Deus, Moisés, ao povo de Israel, que estava dominado e subordinado ao poder do Faraó, no Egito. A água que derrotou os carros e cavaleiros do opressor, fez libertar o povo a partir da travessia outra margem, chegando a “liberdade” que outrora vivia na escravidão do pecado e da humilhação. Deus envia e manifesta ao seu povo seu projeto de salvação, para que todos tenham vida plena e a tenha em abundância.
Logo, a revelação perpassa de forma contínua e gradual a humanidade, que espera ansiosamente a chegada definitiva do Filho de Deus que unirá definitivamente a Igreja.
Após ininterruptas revelações de Deus para resgate do projeto original desde sempre, ordenado por Ele, quis que “vosso Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz, do seu coração aberto pela lança, faz correr sangue e água”.   Na catequese de São João Crisóstomo, sexta feira da paixão bispo acentua o significado místico do sangue e água sai do lado de Cristo.

Esta água e este sangue são símbolos do batismo e da eucaristia. Foi destes sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação do Espírito Santo, isto é, pelo batismo e eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.

Por conseguinte, o Cristo, celebração pascal, sepultou toda a carga de pecado que ceifava a humanidade. Ele assumiu nossas culpas, não prevalecendo de sua divindade, mas humilhou ate morte de Cruz, (Fl 2,6-7) e nos trouxe a salvação, e, portanto, fomos libertos e restaurados pelo poder do sangue do cordeiro, Cristo Jesus. Porém, Deus ressuscitou Cristo Jesus, e apareceu a seus discípulos, dizendo “a paz esteja convosco” soprou sobre eles e disse, “Ide, fazei todos os povos meus discípulos batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. O batismo deixando de forma permanente pelos membros da igreja, nela a salvação universal. Mas para isso é preciso que venha primeira a dimensão do conhecimento doutrinal da fé, e em seguida o batismo. Pois quem crê e for batizado Será salvo. Santo Agostinho afirma: Compreender para crê e, por conseguinte, crê para compreender, ambas as dimensões se intercomunicam, interdependem, mas primeiro a compreensão e o entendimento da fé   
O Cristo Jesus com seu sangue lavou a humanidade da culpa original e por isso a partir da oração sobre as águas se proclama (...) “que o Espírito Santo dê por esta água a graça de Cristo, a fim de que homem e mulher, criados á vossa imagem, sejam lavados da antiga culpa pelo batismo e renasçam pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova. Pelo poder do Espírito Santo que nos foi dado em Jesus Cristo, após a ascensão aos céus, é possível a invocação sobre a água, por meio da graça do Espírito Santo. Vem nos possibilitar, homem e mulher a configuração à imagem de Cristo. E, não mais atingindo pela antiga culpa contraída e adquirida pelos nossos primeiros pais, Adão e Eva, mas, agora renascidos para vida eterna, santidade e intimidade com a pessoa do Pai, no Filho, pelo Espírito Santo.
Ademais, e todos os que, pelo batismo, forem sepultados na morte com Cristo, ressuscitem com ele para a vida. “Por Cristo, nosso Senhor amém”. Uma vez morto pelo pecado, seduções deste mundo, e impelidos pela força do Espírito, dever-se-á alcançar a vida eterna, ou seja, ressuscitar com o Cristo e vivenciar a maior glória e plenitude do ser humano, amar, honrar e dá glória a Deus eternamente. E, que assim, seja.   

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