TESTEMUNHO DE VIDA
Erasmo, por que ser padre? Razão concreta para essa decisão? O que me fez escolher esse chamado! Quais as motivações concretas a esse acontecimento de vida doada por inteiro a Deus. Fazendo votos de pobreza, obediência e castidade? Uma escolha radical!!! Por que??? O que me fez aceitar esse chamado???
Senti o chamado aos 19 anos de idade de forma lenta, contínua e gradual. Um chamado ao sacerdócio a partir de sinais interiores e concretos que abrasaram meu coração para compromisso autêntico com Deus. Como Moisés na sarça ardente. Também fiz semelhante experiência, o coração ardeu em meu peito inicialmente com uma experiência pessoal com Jesus Cristo. E, assim, pude responder com coragem, ousadia e confiança o sonho de Deus para mim, pois acredito que é minha felicidade. Na medida em que sinto feliz, paz interior ao se descobrir nesse processo ao sacerdócio.
Acredito piamente no chamado de Deus para evangelização sincera, radical, autêntica, a ponto de vir entregar a própria vida. E a partir dessa certeza, faça a entrega daquilo que tenho de mais sagrado, a castidade, obediência e pobreza para seguir mais radical os valores evangélicos do Cristo. O que poderia oferecer ao Cristo que doou todo seu sangue por mim em uma cruz, o dom da vida, aquilo que considero sumo valor, a vida casta, celibatária o desprendimento e renúncia de tudo.
Nunca passou em minha cabeça a idéia de ser padre. A proximidade com as coisas da igreja durante minha infância, adolescência era muito distante. Fui cristão católico por obrigação, tradição, influência da mãe, do pai, do irmão mais velho, pois o batismo, crisma e primeira comunhão não tiveram quase nenhum significado, não senti nada. Por outro lado, mas um evento social, tradicional, como se disse, agora ele faz parte da religião dominante, UNIVERSAL (católico). Também, uma revolta interior porque os monitores agiram incoerentes, irresponsáveis, despreparados. Nada ficou de substancial, acréscimo, mudança de vida, seja no sacramento da eucaristia, principalmente da crisma.
No meu processo de adolescência meu principal objetivo era namorar. Um relação de buscar quantidade, aparência, auto-estima ao ego pois, isso gerava status social entre os amigos, pois fazia rapaz mais apresentável, sofisticado, interessante para o grupo. E esse jeito e mentalidade perdurou muito tempo. Sem dúvida sempre fui muito elogiado desde os tempos de colégio pela questão estética, seja nos tempos de colégio maternal passando para fundamental a universidade.
Meu espírito nunca foi inclinado para as questões de igreja, pois naturalmente não sentia inclinado a assistir uma missa por completa, nem muito menos participar por grupos de jovens. Tendo noção que meu ciclo de amizade seja colegial como familiar não estimulava para isso, mas ao contrário favorecia para as práticas que o mundo oferecia mais forte lá fora.
II parte!!! Vem depois
